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Hamas diz que 25 dos 33 reféns remanescentes estão vivos; 6 serão entregues esta semana

Governo israelense anunciou acordo com grupo terrorista após novas negociações durante cessar-fogo na Faixa de Gaza. Reféns serão libertados em dois grupos de três até sábado (1º).

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Por France Presse

Hamas entregou a Israel nesta segunda-feira (27) uma lista com 25 nomes de reféns que o grupo terrorista afirma estarem vivos, de acordo com fontes do grupo ouvidas pela agência de notícias Reuters.

No total, 33 pessoas sequestradas pelo Hamas na invasão a Israel em 7 de outubro de 2023 permanecem em poder do grupo terrorista — a lista não menciona o paradeiro dos outro oito reféns.

O primeiro-ministro de IsraelBenjamin Netanyahu, anunciou na noite do domingo (26) um acordo com o Hamas e para a libertação de mais seis reféns em poder do grupo terrorista até sábado (1º), três deles em uma rodada adicional, que ocorrerá durante esta semana.

“Após negociações intensas e determinadas, Israel recebeu do Hamas uma lista com a situação de todos os reféns” (vivos ou mortos) que poderiam ser libertados na primeira fase do acordo, informou o premiê.

Segundo Netanyahu, três reféns serão libertados na quinta-feira (30), e outros três no sábado.

Na quinta, serão libertados a civil Arbel Yehud, a soldada Agam Berger e um outro refém que não foi identificado pelo premiê israelense. Netanyahu não informou quais reféns serão libertados no sábado.

Em troca do acordo com o Hamas, Netanyahu liberou o retorno de palestinos deslocados ao conflito para o norte de Gaza.

Famílias palestinas deslocadas pelo conflito entre Israel e o Hamas começaram a retornar para o norte da faixa de Gaza na manhã desta segunda-feira (27), após a liberação de Israel. A libertação de Arbel, inclusive, era o pré-requisito do lado israelense para permitir o retorno dos palestinos do norte às suas casas.

Quatro reféns foram libertados pelo Hamas no último sábado (25): as soldadas Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag. Segundo Israel, Arbel era para ter sido libertada junto com as quatro soldadas e, com a negativa do Hamas, pediu novas provas de vida, confirmadas pelo grupo terrorista.

No dia 19 de janeiro, Israel e Hamas chegaram a um acordo que pode colocar um fim definitivo na guerra após mais de seis meses de negociações. As conversas foram mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito.

Após ma semana em vigência, o acordo já permitiu que reféns tomados pelo Hamas voltassem para Israel. Agora, com a liberação de Israel nas vias do norte de Gaza, as famílias deslocada pelo conflito poderão retornar a seus locais de origem, mas sem portar armas.

A partir daí, tropas israelenses se retirarão do corredor Netzarim, a via principal de Gaza. A travessia de Rafah, entre o Egito e Gaza, voltará gradualmente a operar, permitindo a passagem de pessoas doentes para tratamento fora do enclave.

Será permitido o aumento da entrada de ajuda humanitária a Gaza. A expectativa é que 600 caminhões possam entrar por dia, o triplo do máximo atingido durante o conflito.

Nas semanas seguintes, devem ocorrer liberações periódicas pelos dois lados, até um total de 33 reféns israelenses — vivos ou mortos — e quase 2 mil palestinos (1.167 detidos em Gaza desde o início da guerra e 737 remanescentes detidos antes de 8 de outubro de 2023).

Na segunda etapa do acordo, que prevê a liberação de mais reféns e a retirada das tropas de Israel em Gaza.

Já a terceira e última fase do acordo prevê o estabelecimento de negociações sobre a reconstrução de Gaza, que poderia levar anos. Há, porém, um debate sobre quem governaria a região: Israel não aceita que seja o Hamas, que hoje controla o enclave. Devolução de todos os demais corpos de reféns.

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