Lula quer definir reforma ministerial até quarta; divisão do Desenvolvimento Social ganha força
Na nova configuração elaborada por Alexandre Padilha, Wellington Dias continuaria à frente do Desenvolvimento Social, comandando o Bolsa Família, enquanto a rede de assistência social ficaria sob o guarda-chuva de nova pasta, a ser entregue ao deputado André Fufuca (PP-MA).
Por Guilherme Balza, GloboNews
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou a interlocutores que quer definir a reforma ministerial até quarta-feira (30), um dia antes de viajar ao Piauí para lançar o programa Brasil Sem Fome, junto com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. A reforma ministerial foi tratada na manhã desta segunda-feira (28) no Palácio da Alvorada, com o ministro Alexandre Padilha, na primeira agenda de Lula após o retorno do giro no continente africano.
A hipótese de dividir o Ministério do Desenvolvimento Social ganhou força nos últimos dias, segundo fontes do Planalto e do Centrão. Antes de viajar à África, Lula deu uma tarefa a Padilha de desenhar um cenário com a divisão da pasta. Na nova configuração elaborada pelo ministro, Wellington Dias continuaria ministro do Desenvolvimento Social, comandando o Bolsa Família e políticas de segurança alimentar e economia solidária.
Já o novo ministério, ainda sem um nome definido, seria entregue ao deputado federal André Fufuca, líder do PP, que controlaria toda a rede de assistência social, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o Fundo de Assistência Social, irrigado com as emendas parlamentares.
A proposta ainda não foi apresentada ao PP, mas fontes do partido veem com ressalvas essa possibilidade por avaliarem que seria um ministério muito desidratado. O partido de Fufuca e Arthur Lira também deve ficar com o controle da Caixa Econômica Federal – o nome mais cotado é a ex-deputada Margarethe Coelho.
Em relação ao Republicanos, o encaminhamento construído até então previa que o partido ficasse com o Ministério de Portos e Aeroportos, mas, nos últimos dias, o Ministério do Esporte voltou à discussão. Isso porque dentro governo há setores que resistem em entregar a pasta ao partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Tarcísio é favorável à privatização da administração do terminal, mas o presidente Lula é contrário. Independentemente do ministério que vai ser oferecido, o futuro ministro do Republicanos será o deputado Silvio Costa Filho (PE).