UE lamenta novas tarifas de Trump e afirma que responderá ‘com firmeza’ se forem aplicadas
Resposta do bloco europeu veio após Canadá e México se pronunciarem prometendo tarifas de retaliação aos Estados Unidos.
Por Redação g1
A União Europeia se pronunciou neste domingo (2) sobre a decisão dos Estados Unidos de impor novas tarifas sobre importações canadenses, mexicanas e chinesas, afirmando que “responderá com firmeza” caso as taxações também sejam aplicadas ao bloco europeu.
“A UE está firmemente convencida de que tarifas baixas promovem o crescimento e a estabilidade econômica, mas responderá com firmeza se tarifas injustas forem aplicadas”, alertou a Comissão Europeia.
A Comissão ainda reforçou que as trocas comerciais e de investimento da UE com os Estados Unidos “são as mais importantes do mundo. Os riscos são consideráveis. Nós devemos buscar fortalecer essas relações”.
Outros líderes europeus também se manifestaram sobre o tarifaço. O ministro da Indústria da França Marc Ferracci ressaltou que uma resposta é necessária: “Está claro que nós precisamos reagir. Estamos aguardando decisões da administração americana sobre o que irá preocupar a Europa”.
Em reunião neste domingo com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que é importante não dividir o mundo com novas barreiras comerciais, já que todos se beneficiam da globalização.
No último sábado (1º), o governo do presidente Donald Trump detalhou a imposição de tarifas contra os produtos dos três principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. Ele já havia prometido anteriormente impor tarifas à UE, mas não fez nenhum anúncio a respeito na data.
De acordo com os decretos assinados, as importações da China serão taxadas em 10%, enquanto as que são provenientes do México e do Canadá receberão um acréscimo de 25% — com 10% sobre o petróleo canadense. As novas tarifas começam a valer na terça-feira (4).
Em retaliação, os governos de Justin Trudeau e Claudia Sheinbaum se pronunciaram prometendo responder com taxas próprias.
Já a China vai contestar as tarifas de Trump por meio da Organização Mundial do Comércio (OMC), disse o Ministério do Comércio chinês neste domingo (2).