Trump pausa pedidos de imigração de pessoas da Ucrânia e América Latina autorizadas a entrar nos EUA no governo Biden, diz TV
Interrupção das solicitações foi justificada por preocupações com fraudes e segurança, segundo emissora de TV americana.
Por Redação g1
O governo Trump pausou todas as solicitações de imigração feitas por pessoas da Ucrânia e da América Latina que foram autorizadas a entrar nos Estados Unidos durante o governo Joe Biden, revelou a TV americana “CBS News” na noite de terça-feira (18), madrugada de quarta no horário de Brasília.
Segundo a TV americana, os imigrantes que tiveram os pedidos pausados entraram no país por meio de programas do governo. Ainda não se sabe quantos imigrantes serão afetados pela medida.
A interrupção dos processos de solicitação de imigração foi justificada por preocupações com fraudes e segurança, informou a emissora com base em duas autoridades do governo dos EUA e um comunicado interno do governo.
A suspensão das solicitações se aplica a vários programas da administração Biden que permitiram que centenas de milhares de estrangeiros entrassem legalmente aos EUA por meio de uma lei de imigração que autoriza o governo a receber rapidamente estrangeiros com base em motivos humanitários ou de interesse público.
Essa lei de imigração foi amplamente utilizada pelo governo Biden para incentivar os migrantes a se inscreverem em canais legais de imigração, em vez de cruzarem ilegalmente a fronteira com o México.
Entre os programas governamentais mencionados pela medida está a política chamada “Unindo pela Ucrânia” (Uniting for Ukraine), criada para refugiar ucranianos que fugiam da invasão russa. Cerca de 240 mil ucranianos chegaram aos EUA sob esse programa antes da posse do presidente Trump.
Outro programa afetado, conhecido como CHNV, permitiu a entrada de 530 mil cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos patrocinados por cidadãos americanos.
O terceiro programa afetado pela medida inclui processos que permitiram a alguns colombianos, equatorianos, centro-americanos, haitianos e cubanos com parentes americanos virem para os EUA para aguardar a disponibilidade de um green card baseado em laços familiares.
Segundo a “CBS”, os beneficiários desses programas não chegavam com status de imigrantes, e sim tinham uma autorização para permanecer no país por até dois anos, em média. Eles recebiam autorizações temporárias de trabalho e proteções contra deportação. Durante esse tempo, muitos deles solicitaram outros benefícios de imigração, segundo advogados e especialistas ouvidos pela emissora.