O que é o Met Gala: entenda a história da festa com ingressos que chegam a R$ 1,5 milhão
Festa beneficente foi criada em 1948 e acontece sempre na primeira segunda-feira de maio
A primeira segunda-feira de maio é marcada por um dos eventos mais importantes do mundo das celebridades: o Met Gala. Reconhecido pela extravagância dos convidados é, na verdade, de cunho beneficente. De forma oficial, ele arrecada dinheiro a ala de moda do Metropolitan Museum of Art (MET – que deu origem à sigla do evento), em Nova Iorque.
Neste ano, o baile homenageia o icônico designer Karl Lagerfeld, morto em 2019, com o tema “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty” (Uma linha de beleza, em português). A ideia é saudar o estilista mundialmente conhecido por comandar as marcas Fendi e Chanel, com passagens pela Balmain, Patou e Chloé.
O evento foi criado em 1948 pela publicitária Eleanor Lambert, também responsável por lançar a Semana de Moda de Nova Iorque, que liderava a parte beneficente do Costume Institute, ala de moda do MET. Na década de 1970, o evento de gala foi popularizado pela ex-editora-chefe da Vogue, Diana Vreeeland, trazendo temas anuais em um formato similar ao atual.
A data do baile do Met, sempre na primeira segunda de maio, foi definida em 1995 pela atual editora-chefe da revista, Anna Wintour – a mesma que teria inspirado Miranda Priestly, de ‘O Diabo Veste Prada’. A jornalista foi a responsável por transformar um evento de gala comum em uma reunião dos principais nomes da moda, cinema, política, esportes e, agora, até das redes sociais.
Só entram no MET Gala figuras convidadas pela editora-chefe da Vogue – que ainda precisam pagar pela participação no evento. Segundo informações do The New York Times, o ingresso deste ano custa US$ 50 mil (cerca de R$ 249 mil), com mesas a parir de US$ 300 mil (quase R$ 1.5 milhão). Para 2023, cerca de 400 pessoas foram escolhidas diretamente por Wintour.
Afinal, quem é Anna Wintour?
Editora da mais conceituada revista de moda do mundo, Anna Wintour é uma jornalista inglesa. Desde 1988 ela é editora-chefe da Vogue norte-americana e, desde 2020, a inglesa assume a posição de diretora global de conteúdo da Condé Nast, empresa de mídia que inclui títulos como a própria Vogue, Vanity Fair e GQ.
A importância de Anna Wintour para o baile do MET e para o museu é tanta, que a ala de moda do local foi renomeada em homenagem à editora. Desde 2014, após uma grande reforma, o Costume Institute passou a se chamar Anna Wintour Costume Center. A mudança também deu origem à uma marcante galeria de 390, que serve de cenário para o filme Ocean’s 8, com Sandra Bullock, Rihanna e Anne Hathaway.
Maior anfitriã do Met Gala, Wintour conta com as atrizes Penélope Cruz e Michaela Coel, o tenista Roger Federer e a cantora Dua Lipa, como co-presidentes do baile. Estrelas como Beyoncé e Taylor Swift, as atrizes Emma Stone e Meryl Streep, os designers Donatella Versace e Alessandro Michele e as tenistas Serena Williams e Naomi Osaka, já participaram da organização do evento.