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5 livros para o Dia da Mulher Negra

Nesta segunda-feira (25), é celebrado o Dia da Mulher Negra e uma boa forma de celebrar é por meio da informação. O Primeira Página elaborou uma lista de livros clássicos para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a cultura e os desafios da mulher negra.

Mulheres, raça e classe – Angela Davis

Ícone do feminismo negro, Angela Davis é parada obrigatória para quem deseja conhecer mais sobre o tema. Mulheres, raça e classe é uma obra fundamental para se entender as nuances das opressões. Começar o livro tratando da escravidão e de seus efeitos, da forma pela qual a mulher negra foi desumanizada, nos dá a dimensão da impossibilidade de se pensar um projeto de nação que desconsidere a centralidade da questão racial, já que as sociedades escravocratas foram fundadas no racismo

Quem tem medo do feminismo negro? – Djamila Ribeiro

A obra reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital, entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação.

Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus

Quarto de despejo: Diário de uma favelada é um livro autobiográfico de Carolina Maria de Jesus, que foi publicado em 1960. No livro, Carolina de Jesus relata sua vivência como moradora da favela, mãe e catadora de papel. A obra é histórica e vale muito a pena para quem deseja não só entender as nuances do racismo, como a tristeza da fome.

Eu sei por que o pássaro canta na gaiola – Maya Angelou

Maya Angelou é uma grande poetisa norte-americana e um ícone da luta pelos direitos das mulheres pelo mundo. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras. Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos.

Por um feminismo afro-latino-americano – Lélia Gonzalez

Filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e feminista precursora, Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade.
Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história ― de 1979 a 1994 ― e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe.

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