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Polícia Civil abre inquérito para apurar deslizamento na BR-376, no Paraná

Investigação sobre causas e possíveis responsabilidades do acidente está sendo realizada na Delegacia de Delitos de Trânsito. Duas pessoas morreram no deslizamento, que interdita dois sentidos da rodovia há cinco dias. g1 aguarda retorno da concessionária Arteris Litoral Sul sobre a investigação.

Por g1 PR e RPC — Curitiba

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) confirmou, neste sábado (3), que abriu inquérito para apurar o deslizamento de terra na BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná. Duas pessoas morreram no acidente e 12 se salvaram. Veja detalhes abaixo.

Segundo a polícia, a investigação ocorre na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), em Curitiba, para apurar as causas e possíveis responsabilidades do acidente. A data em que o inquérito foi formalizado não foi divulgada.

RPC apurou que neste sábado a polícia ouve pelo menos duas testemunhas sobre o caso.

g1 aguarda retorno da Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho, para comentar a abertura do inquérito policial.

Na quinta-feira (1º) o Ministério Público Federal (MPF) do Paraná abriu um procedimento para investigar “eventual responsabilidade” da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no acidente. Dois dias após o deslizamento, a PRF afirmou em coletiva que a decisão sobre o fechamento da rodovia cabia à Arteris. Em resposta, a concessionária disse que ainda era prematuro apontar as causas do acidente.

Desde o deslizamento, a rodovia que liga o Paraná a Santa Catarina está interditada nos dois sentidos e não tem previsão para ser liberada.

Na sexta-feira (2), o Governo do Paraná encerrou as buscas por desaparecidos no local do acidente depois de equipes de resgate conseguirem acessar todos os pontos onde poderiam estar vítimas e veículos. No acidente, segundo o Gabinete de Crise do governo, três carros e seis caminhões foram retirados do local.

Avaliação da rodovia

Neste sábado, equipes da Arteris Litoral Sul vão realizar uma vistoria técnica da rodovia. O horário não foi informado.

De acordo com o secretário de segurança pública do Paraná Wagner Mesquita, a avaliação é para análise sobre eventual retomada de funcionamento da rodovia.

Em nota, a PRF afirmou que a concessionária vai informar quando as condições de segurança forem apropriadas na rodovia, para em seguida a polícia coordenar uma operação para o “restabelecimento da normalidade do fluxo de veículos”.

Mortos

Dois caminheiros morreram no acidente na rodovia. Os corpos dos dois foram localizados em 29 de novembro.

O primeiro a ter o corpo localizado foi João Pires, de 60 anos.

O segundo corpo encontrado foi o de Márcio Rogério de Souza, de 51 anos. Os trabalhos de remoção do corpo dele demoraram dois dias. Na terça-feira (29), o cunhado de Márcio Rogério disse em entrevista à RPC que reconheceu o caminhão da vítima em vídeos da tragédia.

Como foram os deslizamentos na BR-376

  • Em 28 de novembro, dois deslizamentos atingiram a BR-376 no mesmo ponto, o quilômetro 669;
  • O primeiro deslizamento foi às 15h30, sem vítimas;
  • Depois do primeiro deslizamento, uma das pistas foi interditada, e o trânsito mantido em pista única;
  • Às 19h30 aconteceu o segundo deslizamento. Carros foram atingidos, e os dois sentidos da rodovia foram interditados;
  • Segundo as autoridades, 10 carros e seis caminhões foram arrastados;
  • Autoridades dizem que 14 pessoas foram atingidas pelo deslizamento;
  • No dia 29 foram encontrados os corpos de duas vítimas. A primeira é o caminhoneiro João Pires, de 60 anos. O segundo corpo é de Marcio Rogerio de Souza, também caminhoneiro;
  • Até quinta-feira (1º) tinham sido retirados mais de 7 mil metros cúbicos de terra;
  • Também no dia 1º, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito para investigar o caso.

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