‘É um alívio a justiça ser feita’, diz Cissa Guimarães sobre prisão de envolvidos na morte de seu filho
Rafa Mascarenhas tinha 18 anos, em julho de 2010, quando foi atropelado em um túnel interditado no Rio de Janeiro. Ele estava andando de skate, de madrugada, quando a pista ficava fechada para manutenção.
Por Fantástico
Em entrevista exclusiva ao Fantástico neste domingo (3), Cissa Guimarães falou sobre a decisão judicial que mandou de volta à prisão os dois condenados pelo atropelamento que matou o filho dela, Rafael Mascarenhas, em 2010. A atriz se diz aliviada com a medida.
“Treze anos não são 13 dias. É um alívio a justiça ser feita. E, vencer essa batalha, que eu acho que já tinha que ser vencida há tanto tempo… Mas eu nunca desisti, nunca mesmo”, disse.
A reportagem conversou com Cissa onde sempre passou férias com o filho Rafael, em Caraíva, uma vila no sul da Bahia. Ela estava lá quando soube, em agosto, que o processo pelo atropelamento, ocorrido em 2010, tinha terminado – só faltava a Justiça do Rio expedir a intimação para que Roberto Bussamra e Rafael de Souza Bussamra cumprissem a pena.
Pai e filho foram condenados pela morte de Rafael Mascarenhas, em janeiro de 2015 e, desde maio, não podem mais recorrer a nenhuma instância da Justiça.
“É reviver tudo de novo. Tudo de novo. É reviver exatamente, literalmente, tudo de novo. Eu sei que nada vai trazer meu filho de volta, mas essa justiça precisa ser feita”, afirmou Cissa ao Fantástico.
Dos 12 anos e nove meses a que estava condenado, Rafael Bussamra, o atropelador, vai cumprir três anos e seis meses pelo crime de homicídio culposo, sem intenção de matar. E o pai dele, Roberto Bussamra, condenado inicialmente a oito anos e 11 meses, vai cumprir três anos e 10 meses por corrupção – o regime determinado pela Justiça é semiaberto.
“O semiaberto é: dorme na prisão. Se tem emprego, sai para trabalhar, mas dorme na prisão. Então, não é liberdade. É prisão”, explicou Técio Lins e Silva, advogado de Cissa Guimarães.
Relembre o caso
Rafael Mascarenhas foi atropelado na madrugada de 20 de julho de 2010 no Túnel Acústico — que hoje leva o nome do rapaz e une a Gávea ao Túnel Zuzu Angel, em direção a São Conrado.
Naquela noite, as galerias do Acústico estavam fechadas para manutenção, como ocorre periodicamente até hoje. O jovem e amigos aproveitavam essa interdição para andar de skate e ganhar velocidade no declive do túnel.
Um dos condenados, Rafael Bussamra, que tinha 25 anos, fazia um racha a mais de 100 quilômetros por hora na pista interditada quando atropelou o filho de Cissa e fugiu, sem prestar socorro. Rafa morreu horas depois no hospital.
A defesa de Roberto e Rafael Bussamra não quis se manifestar para esta reportagem, mas confirmou que seus clientes receberam a intimação e vão se apresentar à justiça dentro do prazo de 15 dias, iniciado na sexta-feira (1º).